Arquivo Bienal Banco de Dados
Fundo Museu de Arte Moderna de São Paulo
id: MAM
Datas
Data Inicial: 1948
Data Final: 1965
Gênero documental
Textual;Iconográfico
Dimensão
Tipo de material mensurado: documento textual
Tipo de dimensão: metros lineares
Valor da dimensão: 80
Tipo de material mensurado: documento iconográfico
Tipo de dimensão: número de documentos
Valor da dimensão: 18000
Tipo de material mensurado: cartaz
Tipo de dimensão: número de documentos
Valor da dimensão: 71
História administrativa / biografia
Em meados da década de 1940, Francisco Matarazzo Sobrinho idealiza a criação de um museu paulista dedicado à arte moderna, junto a intelectuais como o crítico de arte Sérgio Milliet (1898-1966) e o arquiteto Eduardo Kneese de Mello (1906-1994). A concretização de tal plano ocorre a partir da aproximação com o industrial norte-americano Nelson A. Rockefeller (1908-1979), dono da Standard Oil e presidente do Museum of Modern Art (MoMA) de Nova York. Após diálogo iniciado por Sérgio Milliet, fica acordada a cooperação com o MoMA para a criação do Museu de Arte Moderna em São Paulo (MAM-SP), baseado no modelo do museu norte-americano. Em 1948 são efetivados os trâmites administrativos para a fundação do museu, que é inaugurado em 1949 com a exposição Do figurativismo ao abstracionismo, primeira mostra coletiva de arte não-figurativa no Brasil, idealizada pelo crítico belga Léon Degand (1907-1958). Em 1951, o MAM-SP promove a primeira Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo, projeto concebido por Francisco Matarazzo Sobrinho e inspirado no modelo da Bienal de Veneza. O museu encarregou-se do evento até a sua sexta edição, em 1961. Devido ao crescimento da exposição Bienal, foi criada em 1962 a Fundação Bienal de São Paulo (FBSP), momento em que o acervo artístico do MAM-SP é doado à Universidade de São Paulo, impulsionando a criação do Museu de Arte Contemporânea (MAC-USP). As obrigações administrativas do MAM-SP com outras instituições e com o poder público continuaram a ser realizadas por intermédio da Fundação Bienal de São Paulo até 1965.
História arquivística
O fundo MAM é composto por documentos que tratam da administração do museu e seus eventos, incluindo a realização das seis primeiras Bienais. Em 1962, com a dissociação do Museu de Arte Moderna (MAM-SP) e a criação da Fundação Bienal de São Paulo, parte da documentação administrativa do museu foi recolhida pela Fundação. As obrigações administrativas do MAM-SP com outras instituições e com o poder público continuaram a ser realizadas por intermédio da Fundação Bienal até 1965. A documentação remanescente do museu acumulou-se junto à documentação da Fundação, sem tratamento arquivístico, até 1984, quando se iniciou o tratamento do então chamado “arquivo morto”. Após cinco anos de trabalho, parte da documentação tratada foi apresentada na exposição “As Bienais dos anos 50”, durante a 20ª Bienal (1989). Nos anos seguintes, iniciativas isoladas foram desenvolvidas para tratamento da documentação, contemplando alguns conjuntos documentais. Em 1998 o acervo do arquivo foi transportado do andar térreo do pavilhão para o segundo andar, onde permanece até hoje. Com a celebração dos 50 anos da Bienal de São Paulo, entre 2000 e 2001, uma nova etapa de organização e identificação da documentação textual produziu um inventário relativo às dez primeiras Bienais de São Paulo. Entre 2007 e 2008 os diapositivos e negativos flexíveis e de vidro foram organizados, higienizados, catalogados em base de dados e digitalizados. Entre junho de 2014 e janeiro de 2015, foi realizado o diagnóstico da documentação textual, a partir do qual foi elaborado um plano de classificação. Desde 2015 está em andamento um inventário da documentação textual, iconográfica e audiovisual.
Âmbito e conteúdo
Documentação produzida e reunida pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), entre 1948 e 1965. Retrata as atividades desenvolvidas pelo museu ao longo desses anos, como as primeiras seis Bienais de São Paulo e demais eventos. Inclui documentação referente à organização interna da Fundação Bienal, relações institucionais, gestão de recursos econômicos, humanos, materiais e patrimônio, organização das exposições e demais eventos, divulgação e repercussão (clippings), ações educativas, acervos e tecnologias.
Incorporações
Não estão previstas incorporações ao fundo.
Sistema de arranjo
A documentação tratada está descrita em diferentes níveis, parte por conjunto documental (documentação textual), parte por item documental (documentação iconográfica e audiovisual, em processamento) utilizando-se plano de classificação funcional composto por grupos e subgrupos: Grupo: Gestão Institucional; Subgrupos: Direção, Organização Interna, Relações Jurídicas, Divulgação/Repercussão, Relações Institucionais, Comunicação e Análise de Público; Grupo: Gestão de Evento; Subgrupos: Planejamento, Seleção/Inscrição, Transporte/Hospedagem, Movimentação de Obra, Produção e Distribuição de Material Informativo, Montagem/Desmontagem de Exposição, Solenidade, Ação Educativa, Premiação; Grupo: Gestão Econômica; Subgrupos: Planejamento e Controle Orçamentário, Captação de Recursos, Fluxo de Caixa, Contabilidade; Grupo: Gestão de Material e Patrimônio; Subgrupos: Manutenção/Conservação do Edifício e dos Equipamentos, Controle de Material de Consumo, Controle de Bens Patrimoniais, Segurança; Grupo: Gestão de Recursos Humanos; Subgrupos: Admissão/Demissão, Treinamento/Aperfeiçoamento/Integração, Controle de Frequência, Pagamento, Negociação Trabalhista; Grupo: Gestão de Dados, Informações e Documentos; Subgrupos: Organização de Acervo, Informatização, Reprografia.